Aula: A Descoberta dos Genes

Nesta aula você conhecerá como os genes foram descobertos por Sutton que ajudou a criar a Teoria Cromossômica da Herança

Também verá Watson e Crick os descobridores da estrutura da molécula de DNA e poderá montar uma molécula de DNA combinando as bases nitrogenadas correspontes presentes na sequência dada na atividade.
Clique na figura acima e acesse a animação interativa.
Vá em frente e teste seus conhecimentos!
 (Fonte: www.educacaopublica.rj.gov.br)

Aula: Experimetos de Mendel

Nesta aula você verá como Mendel realizou seus experimentos com as plantas de ervilha (Pisum sativum) e a partir dos seus resultados enunciou a 1ª Lei de Mendel.

Participe desta aventura e calcule você mesmo as proporções fenotípicas dos cruzamentos realizados por Mendel.


Clique no Mendel abaixo e assista esta animação interativa. Boa aula!




Obs.: A página demora um pouco para carregar, tenha paciência e aguarde alguns instantes para embarcar nesta aventura!

(Fonte: www.educacaopublica.rj.gov.br)

Aula: Mitose - Descrição dasFases

AS FASES DA MITOSE


Apesar de a mitose ser um processo contínuo, é possível dividi-la em fases, o que facilita seu estudo. As fases da mitose são: prófase, metáfase, anáfase e telófase.  Alguns autores sugerem uma fase intermediária entre a prófase e a metáfase, a prometáfase.

Prófase
Durante a prófase, os finíssimos fios que compõem a cromatina — os cromossomos — vão se condensando no interior do núcleo, tornando-se mais visíveis e individualizados. Nessa fase, cada cromossomo é constituído por dois fios idênticos (cromátides) unidos por uma região chamada centrômero. A progressiva condensação cromossômica acarreta diminuição na produção das substâncias que compõem os nucléolos, os quais vão gradualmente desaparecendo. 
Ao final da prófase, a carioteca (membrana nuclear) desintegra-se. Os cromossomos, já bastante condensados, espalham-se na região central do citoplasma. No decorrer da prófase, os centros celulares vão se afastando, dando origem a um complexo conjunto de fibras denominado fuso acromático.
Metáfase
Na metáfase, cada cromossomo liga-se a fibras do fuso provenientes de pólos opostos (fibras cromossômicas). Essa ligação ocorre na região do centrômero cromossômico. A tensão nas fibras de pólos opostos faz com que os cromossomos permaneçam temporariamente estacionados na região equatorial da célula, formando a placa metafásica.
Anáfase
Na anáfase, os centrômeros se dividem e as cromátides-irmãs se separam. O encurtamento gradual das fibras cromossômicas arrasta as cromátides-irmãs em sentidos opostos, até os pólos do fuso acromático.
Telófase
Na telófase, os cromossomos, já em pólos opostos da célula, descondensam-se e voltam a produzir nucléolos. Cada conjunto cromossômico é envolvido por uma nova carioteca, organizada a partir dos fragmentos da carioteca original. Surgem, assim, dois núcleos-filhos com conjuntos idênticos de cromossomos.
Após a formação dos núcleos-filhos (cariocinese), ocorre a divisão do citoplasma, fenômeno denominado citocinese.

(Fonte: JM Amabis e GR Martho. Aspectos Modernos da Divisão Celular. Temas de Biologia. nº. 8 Moderna, 1998.)

Aula: Bioquímica Celular

Toda a matéria existente no universo, tanto viva como inanimada, é composta de átomos. Os átomos se combinam, geralmente formando moléculas. Carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio constituem aproximadamente 96% dos átomos da maior parte dos organismos. Esses elementos podem fazer parte de moléculas simples como a água, e o gás carbônico, ou então de moléculas complexas, como as proteínas e os ácidos nucléicos. 

Podemos separar tais substâncias em dois tipos: substâncias inorgânicas e substâncias orgânicas. As inorgânicas, como a água e os sais minerais, são substâncias simples, formadas por moléculas pequenas e encontradas facilmente fora dos seres vivos. 

As substâncias orgânicas, como as proteínas e os lipídios, são mais complexas e apresentam moléculas de tamanho maior, nas quais existem “fileiras” ou cadeias de átomos de carbono. 

No passado, os químicos acreditavam que as moléculas orgânicas só poderiam ser fabricadas no interior de organismos vivos, vindo daí o termo orgânico. Em 1828, porém, um químico conseguiu fabricar em laboratório uréia – uma substância existente na urina de seres vivos – a partir de uma substância inorgânica, o cianato de amônia. Modernamente, entende-se por substância orgânica aquela constituída por cadeia de carbono. São fabricados em laboratório milhares de compostos “orgânicos”, como inseticidas, pigmentos e remédios, que jamais fizeram parte da estrutura de um ser vivo.
Por sua vez, moléculas orgânicas complexas reúnem-se para formação de organelas, estruturas que são encontradas no interior das células dos organismos vivos. Células são pequenos compartimentos vivos. Em geral, são microscópicas e normalmente constituídas por membrana, citoplasma e núcleo. Consideradas a unidade da vida, as células são as menores partes de um ser vivo nas quais se reconhecem as características da vida.

Através da animação a seguir você terá informações a respeitos dos principais contituintes químico das células e as funções que desempenham nos organismos vivos. 

Clique sobre o microscópio para assistir a animação sobre a Bioquímica Celular.
Não deixe de fazer seus comentários e de tirar suas dúvidas.
Bons estudos!

Aula: Meiose

Existe um processo de divisão celular com finalidade de formar células haplóides para a reprodução sexuada. Este processo é a Meiose.
Na Meiose uma célula diplóide forma quatro células haplóides, ou seja, com metade do número de cromossomos da célula-mãe. As células originadas são chamadas de Gametas.
Diferentemente da mitose, a meiose ocorre em duas etapas chamadas de Meiose 1 e de Meiose 2.
Neste tipo de divisão celular podem ocorrer o fenômeno do crossing-over (permutação - troca de genes) entre cromossomos homólogos favorecido pelo pareamento destes durante a subfase Prófase 1. Esse fenômeno aumenta a variabilidade genética, pois as células-filhas são geneticamente diferentes da célula-mãe.
Assista a animação sobre a Meiose e depois faça seus comentários e tire suas dúvidas.



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Aula: Mitose


Assista a animação e depois faça seus comentários e / ou perguntas. Participe!



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Aula: Ciclo Celular: Intérfase e Mitose

Nesta aula você aprenderá sobre o ciclo celular através de uma animação interativa.
A Intérfase é fase do ciclo celular entre uma mitose e outra, ou seja, refere-se ao período em que a célula não está se dividindo e encontra-se em intensa atividade metabólica.
Também é neste período que a célula se prepara para a divisão celular duplicando seu material genético e suas organelas celulares.
Já a Mitose refere-se a um tipo de divisão celular onde uma célula diplóide dá origem a duas células também diplóides. Ou seja, na mitose as células-filhas são geneticamente iguais à célula-mãe, salvo se houver algum tipo de erro durante a divisão celular.
Assista a animação e depois faça seus comentários e / ou perguntas. Participe! 
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Humor no Blog - Células-tronco

Polêmica: Uso de células-tronco embrionárias em terapia celular

Esta última postagem da série traz as possibilidades de aplicações de células-tronco embrionárias no tratamento de diversas doenças. Além disso, aborda os limites éticos da utilização destas células e as diversas pesquisas realizadas no Brasil e no mundo.

De um modo geral, existem três métodos de obtenção de células-tronco em laboratório para finalidades terapêuticas. O primeiro método é o já explicado na postagem anterior, ou seja, a partir de células-tronco de adulto, como já se faz no transplante de medula óssea ou no tratamento das doenças do coração.
Na segunda possibilidade, está a obtenção de células-tronco embrionárias a partir de um embrião em fase inicial de desenvolvimento, o blastocisto. O uso dessas células, muito comum em pesquisas com animais, tem gerado muita polêmica no caso dos humanos, pois impede o desenvolvimento do embrião. Uma proposta viável seria a utilização dos embriões humanos excedentes produzidos por fertilização in vitro (em laboratório) e que ficam congelados nas clínicas de fertilização assistida. A grande questão é se seria ético utilizar estes embriões para a obtenção de células-tronco que poderão ser usadas na pesquisa de futuras terapias.

A terceira possibilidade seria a obtenção de células-tronco embrionárias geneticamente idênticas às da pessoa que as doou. Esse método de obtenção de células-tronco é popularmente chamado de clonagem terapêutica. Na clonagem terapêutica, um ovócito sem núcleo de uma doadora recebe um núcleo de uma célula somática do indivíduo doador. Se houvesse desenvolvimento embrionário até a fase do blastocisto, as células-tronco poderiam ser retiradas e utilizadas no estabelecimento de linhagens celulares geneticamente idênticas às células do indivíduo doador. As células obtidas desta maneira poderiam ser empregadas no tratamento de doenças sem que haja problemas de rejeição. Embora se utilize a palavra clonagem, isto não significa que se deseja obter um organismo inteiro clonado, mas somente as células-tronco embrionárias da fase do blastocisto. Para a obtenção de um organismo inteiro clonado seria necessário que o embrião, no início do desenvolvimento, fosse implantado no útero de uma mulher. Neste caso, a clonagem seria reprodutiva e não terapêutica. Esse foi o procedimento usado para obtenção da ovelha Dolly, clonada em 1997. Ainda não se obteve sucesso nas tentativas de clonagem terapêutica realizadas em humanos.

Mas, se as células-tronco de adulto podem ser tão versáteis, por que não trabalhar somente com elas e deixar as embrionárias de lado, pois estas estão cercadas de polêmica? A resposta não é simples: as células-tronco de adulto são raras e muito difíceis de serem obtidas nos tecidos onde ocorrem. A sua multiplicação em laboratório é mais vagarosa do que a das células-tronco embrionárias e, em teoria, a sua potencialidade de diferenciação é mais reduzida do que a das células embrionárias, pois já estão em estado mais adiantado de diferenciação celular. Além disso, logo após o seu estabelecimento em laboratório, elas perdem a capacidade de se dividir e se diferenciar. Portanto, ainda não se sabe se as células-tronco de adulto poderão substituir perfeitamente as células-tronco embrionárias.
A situação ideal para a terapia celular seria estabelecer um procedimento para substituir qualquer tipo de tecido lesado ou doente. Para isso, é necessário que se descubra qual o verdadeiro potencial e quais as limitações do uso das células-tronco embrionárias e de adulto. Mas, muita pesquisa é ainda necessária a fim de se conseguir tal processo. Somente após uma discussão séria que envolva a todos os segmentos da sociedade, que deve estar ciente dos riscos e benefícios de tais atividades, podemos chegar a um consenso sobre a utilização responsável e ética dessas células.

No Brasil, o projeto da Lei de Biossegurança, cujos pontos principais são a regulamentação da produção de alimentos transgênicos e da pesquisa com células-tronco embrionárias foi aprovado em 2005. O projeto permite que células-tronco possam ser obtidas de embriões humanos produzidos por técnicas de fertilização in vitro, desde que estejam congelados há pelo menos três anos e que haja consentimento dos casais doadores. Neste caso, as células poderão ser utilizadas para fins de pesquisa de novos tratamentos.

O mais importante a se ressaltar nesse momento é que a permissão para pesquisas com células-tronco embrionárias não significa a obtenção de tratamentos milagrosos a curto-prazo. O que surgiu de novo nos últimos tempos é a esperança de que esse tipo de pesquisa possa apresentar novidades nos tratamentos de doenças até agora incuráveis com os métodos convencionais, como diabetes, doença de Parkinson, doença de Alzheimer, lesões decorrentes de acidentes e um leque de doenças hereditárias em geral não tratáveis.

Mas, o que já foi realizado em terapias com células-tronco?

Algumas tentativas de terapia com células-tronco não embrionárias já foram realizadas em várias partes do mundo. Neurônios obtidos de tecido mesencefálico de fetos foram implantados no cérebro de pacientes com doença de Parkinson. Os neurônios implantados sobreviveram nos receptores, liberaram a dopamina, um neurotransmissor, e melhoraram os sintomas da doença. No entanto, esse tratamento dificilmente será uma rotina pela dificuldade de obtenção de tecidos suficientes para transplantes e por problemas éticos. O ideal seria obter, a partir de células-tronco embrionárias, neurônios diferenciados in vitro que seriam então implantados em pacientes. Estudos recentes mostraram que essa estratégia é viável em camundongos e até mesmo em primatas.

No Brasil, três grupos de pesquisadores do Rio de Janeiro, da Bahia e de São Paulo trabalham para consolidar a possibilidade de que as células-tronco de adulto sejam uma boa opção para tratamento da insuficiência cardíaca grave causada por hipertensão, infartos ou doença de Chagas. Em alguns experimentos, células-tronco da medula óssea foram retiradas por punção e injetadas no próprio coração. Em outros casos, células-tronco hematopoéticas foram filtradas do sangue do próprio paciente para aplicação no local lesado. Um hormônio que estimula a liberação das células–tronco da medula óssea para a circulação sanguínea foi empregado nesses casos para aumentar a concentração de células disponíveis para o tratamento. Alguns dos pacientes tratados desse modo apresentaram melhora do quadro clínico após os experimentos. No entanto, os pesquisadores estão conscientes de que ainda é cedo para assegurar a eficiência dessas técnicas, pois poucos casos foram estudados. Mesmo com resultados de sucesso, certamente, ainda serão necessários alguns anos para que esses tipos de tratamento se tornem disponíveis para todos os pacientes porque ainda estão nas fases iniciais dos estudos clínicos.

No Brasil há equipes trabalhando em tentativas de tratar pessoas afetadas por doenças auto-imunes, como por exemplo, o lúpus eritematoso sistêmico, utilizando células-tronco de medula óssea.

Convém ressaltar que todos os experimentos citados acima se basearam na aplicação de células-tronco de adulto. Nenhum experimento terapêutico foi ainda realizado em seres humanos com células-tronco embrionárias. Apenas animais foram submetidos à experimentação com células-tronco embrionárias.

Mesmo os países que aprovaram a utilização de células-tronco embrionárias em pesquisas sobre tratamento de doenças ainda terão que esperar muito tempo para ver os resultados chegarem à rotina dos tratamentos médicos. Mas, sem dúvida, uma revolução na medicina pode estar se aproximando.

(Células-tronco: o que são e o que serão? Autores: Regina Célia Mingroni-Netto e Eliana Maria Beluzzo Dessen -  GENÉTICA NA ESCOLA - Vol 1 - Nº 1 obtido em http://www.sbg.org.br )

Vídeo: Obtenção de Células-tronco Embrionárias

Este mostra a obtenção de um zigoto por fertilização in vitro e o seu desenvolvimento até formar o blastocisto. A partir do blastocisto pode-se obter células-tronco embrionárias que poderão ser cultivadas em laboratório para a diferenciação em diversos tipos celulares.


 


Disponível em: [http://www.youtube.com/watch?v=QEEvNQyt5Ts]

Humor no Blog - Células-tronco

Terapia celular e as células-tronco

Nesta segunda postagem sobre as células-tronco veremos como essas células podem ser utilizadas na terapia celular para recuperação de órgãos doentes.

A utilização terapêutica de células-tronco é uma das formas mais promissoras de tratamento de muitas doenças. Mas, essa não é uma idéia nova: a medicina já faz uso desse tipo de terapia há muito tempo nos transplantes de medula óssea.

O transplante de medula óssea resultou do seguinte raciocínio: como todas as células do sangue e do sistema imunológico são originadas a partir de células-tronco presentes na medula, caso haja algum dano ou problema com esse sistema em uma pessoa, ele pode ser substituído por um sistema saudável. O transplante é indicado para o tratamento de várias doenças graves que afetam as células do sangue, como anemia aplásica grave (doença em que não há formação das células sanguíneas), algumas doenças hereditárias (exemplo talassemias) e vários tipos de leucemias (exemplos, leucemia mielóide aguda, leucemia mielóide crônica, leucemia linfóide aguda). Os pacientes são inicialmente tratados com altas doses de quimioterápicos e radiação para eliminar as células da medula óssea doente. O tecido sadio de um doador é então introduzido através de uma veia do receptor e as células migram para a medula.

Um fator importante a ser observado para o sucesso do transplante é a compatibilidade celular. Antes que o transplante ocorra, os tecidos do receptor e do doador em potencial devem ser analisados para verificar a compatibilidade, ou seja, o grau de semelhança, dos antígenos HLA (Human Leukocyte Antigen). As células do sangue apresentam em sua superfície proteínas específicas, codificadas por um conjunto de genes conhecidos como Complexo Principal de Histocompatilidade – MHC (do inglês, Major Histocompatibity Complex). Essas proteínas funcionam como antígenos, ou seja, induzem à formação de anticorpos, se transferidas para outro organismo. Nos seres humanos, esses antígenos são denominados HLA. Quanto mais aparentados forem dois indivíduos, mais alelos do MHC eles terão em comum. Se as células tiverem vários desses antígenos HLA diferentes, o sistema imunológico do receptor considera essas células como estranhas e tenta matá-las e as células do doador também tentam eliminar as células do receptor. Esse é o processo de rejeição. Como não é fácil encontrar um doador compatível, muitas vezes são
realizados transplantes em que a compatibilidade HLA entre doador e receptor é parcial. Quando não há acesso a um doador compatível, a solução é procurar em bancos de doadores de medula.

Além da medula óssea, células-tronco de adulto podem ser facilmente obtidas a partir de cordão umbilical, um órgão que liga o feto à placenta e lhe assegura a nutrição por meio de vasos sangüíneos durante a gestação. Imediatamente após o parto, o cordão é pinçado para impedir que o sangue contido em seu interior se perca, e o sangue é retirado com o auxílio de uma agulha. As células vermelhas do sangue são coletadas e a amostra é congelada e armazenada por até 15 anos, sem que haja perda da qualidade das células-tronco. O uso de células-tronco do sangue de cordão umbilical em transplantes é mais vantajoso do que o de medula óssea, por vários motivos: elas se implantam mais eficientemente, são mais tolerantes à incompatibilidade entre receptor e doador, têm disponibilidade imediata e há possibilidade de realização do transplante sem que o doador seja submetido a qualquer tipo de procedimento cirúrgico. A facilidade de coleta e da análise prévia de antígenos HLA estimulou a criação de Bancos de Sangue de Cordão Umbilical no Brasil.

Quando cultivadas em laboratório, as células-tronco, como as hematopoéticas, por exemplo, podem se diferenciar em células de outros tecidos, tais como fígado, intestino, pele, músculo cardíaco, e células nervosas.

Embora se saiba da existência dessas diversas possibilidades de diferenciação, a maneira como isso ocorre ainda não está clara. Por isso, pesquisadores no mundo inteiro buscam compreender os mecanismos envolvidos na diferenciação celular. A idéia é a de que se possa manipular essas células para que elas venham a fornecer outros tipos celulares.

Novas tentativas interessantes de terapia usando as células–tronco adultas já foram realizadas, principalmente no tratamento de doenças do coração como os infartos do miocárdio. Nesses casos, há morte de parte do tecido cardíaco e as células remanescentes não são capazes de reconstituir o tecido morto Experimentos indicam que as células-tronco hematopoéticas introduzidas no sangue são capazes de migrar para áreas doentes e de ajudar a originar novas células de músculo cardíaco e de vasos sangüíneos, mas como isso ocorre exatamente ainda não está claro.



(Células-tronco: o que são e o que serão? Autores: Regina Célia Mingroni-Netto e Eliana Maria Beluzzo Dessen -  GENÉTICA NA ESCOLA - Vol 1 - Nº 1 obtido em http://www.sbg.org.br )

Afinal, o que são células-tronco?

Nesta postagem iremos conhecer um pouco sobre o que são as células-tronco. Posteriormente, veremos as aplicações destas células na medicina e em outras ciências e poderemos discutir sobre os aspectos éticos que envolvem esse assunto. 

Nosso corpo é formado por trilhões de células, organizadas em diversos tecidos. Todas elas se originam de uma única célula – o zigoto - resultado da união de um espermatozóide com o óvulo. À medida que o zigoto se divide e o embrião cresce, grupos de células vão se tornando diferentes em estrutura e função, devido ao processo de diferenciação celular. Esse processo é controlado pelo DNA, que contém a mesma informação genética em todas as células de nosso corpo. Se a informação contida no DNA é a mesma, como as células podem se tornar tão diferentes? Isso ocorre porque cada tipo de célula diferenciada possui um conjunto particular de genes ativos. Como consequência, o conjunto de proteínas codificadas pelos genes em funcionamento varia de acordo com o tipo celular. Por exemplo, nas células das glândulas salivares devem estar ativos genes que codificam as enzimas secretadas na saliva. Os genes que determinam a produção das enzimas da saliva não devem estar ativos em outro tecido do corpo. Essa atividade diferencial dos genes começa a ser determinada no embrião e persiste nos tecidos adultos ao longo da vida.

Todas as células têm duas características importantes: o seu grau de diferenciação e a sua potencialidade. Enquanto o grau de diferenciação reflete o quanto uma célula é especializada, a potencialidade refere-se à capacidade que ela tem de originar outros tipos celulares. Quanto maior a potencialidade da célula, geralmente será menor o seu grau de diferenciação. O zigoto é a célula com a máxima potencialidade, pois ele dá origem a todos os tipos de células. No outro extremo, há células com potencialidade nula, como é o caso dos glóbulos vermelhos, que perdem seu núcleo no processo de diferenciação, perdendo, conseqüentemente, a capacidade de originar células iguais a elas.

Células-tronco são células indiferenciadas com capacidade de multiplicação prolongada ou ilimitada, capazes de produzir pelo menos um tipo de célula diferenciada. Ao se dividirem, as células-tronco podem produzir dois tipos de células: uma indiferenciada, igual à célula original que mantém o estoque desse tipo celular, e outra um pouco diferente, em início de processo de diferenciação.

Elas podem ser classificadas segundo sua capacidade de gerar novos tipos celulares, ou seja, sua potencialidade. Em ordem decrescente de potencialidade estão as células-tronco totipotentes, pluripotentes e multipotentes. 

O zigoto e as primeiras células que resultam de sua divisão são totipotentes, pois podem originar todos os tipos de células e, se separadas, como ocorre na origem de alguns casos de gêmeos, podem originar até um organismo inteiro. 

Células pluripotentes são aquelas que conseguem se diferenciar na maioria dos tecidos, menos em anexos embrionários. São células pluripotentes as células-tronco presentes na massa interna do blastocisto, estrutura que corresponde a um aglomerado com cerca de 200 células, no quinto dia do desenvolvimento do embrião. 


Células multipotentes têm potencialidade para originar alguns tipos celulares. Um exemplo de células multipotentes é o das células da medula óssea, que dão origem a diversos tipos de células sangüíneas.


Quanto à sua origem, as células-tronco podem ser classificadas em células-tronco embrionárias ou adultas.

As células-tronco embrionárias, atualmente cultivadas em laboratório, são obtidas a partir de um embrião nos estágios iniciais de desenvolvimento, na fase anterior à implantação no útero materno, ou seja, o blastocisto. As células-tronco denominadas embrionárias estão localizadas no interior do blastocisto, formando a chamada massa interna de células, constituída por cerca de 30-35 células. Já camada de células exterior do blastocisto (o trofoectoderma) vai originar estruturas extra-embrionárias como a placenta e o saco amniótico. À medida que o embrião se desenvolve, as células-tronco embrionárias do interior do blastocisto se diferenciam em todos os tipos de células do nosso organismo: sangue, pele, músculo, fígado, cérebro etc.

O outro grupo importante de células-tronco são as chamadas células-tronco do adulto. Elas também são versáteis, mas possuem menor potencialidade de diferenciação do que as células-tronco embrionárias. As células-tronco do adulto melhor caracterizadas e mais utilizadas na medicina são as células hematopoéticas da medula óssea. Além da medula óssea, essas células são particularmente abundantes no sangue do cordão umbilical e da placenta dos recém-nascidos. Nesse caso, também são consideradas células-tronco de adulto.

Até pouco tempo atrás, sabia-se da existência de células-tronco apenas em um número reduzido de tecidos do organismo adulto: as células-tronco hematopoéticas; as células-tronco gastrintestinais – associadas à regeneração do revestimento gastrintestinal; as células-tronco responsáveis pela renovação da camada epidérmica da pele e as células precursoras dos espermatozóides (espermatogônias). Acreditava-se que as células-tronco de adulto estivessem relacionadas apenas à reposição de células dentro do mesmo tecido de origem, mas descobertas recentes apontaram sua surpreendente capacidade de se transformar em outros tipos de tecidos e de reparar tecidos danificados.

Hoje se sabe que as células-tronco de adulto podem estar presentes em vários outros tecidos, sendo as responsáveis pela regeneração parcial destes tecidos no caso de ferimentos ou doenças que os destroem. Até bem pouco tempo, acreditava-se que, uma vez que uma célula-tronco de adulto tivesse sido determinada para se diferenciar em célula de um certo tecido, seu destino não poderia ser mudado e ela não poderia jamais originar célula de um outro tipo de tecido. Porém, pesquisas têm mostrado que elas são mais flexíveis do que se imaginava. Por exemplo, experimentos realizados com células-tronco do cérebro e de músculo de camundongo mostraram que, se manipuladas em laboratório, elas podem originar células hematopoéticas desses animais.

(Células-tronco: o que são e o que serão? Autores: Regina Célia Mingroni-Netto e Eliana Maria Beluzzo Dessen -  GENÉTICA NA ESCOLA - Vol 1 - Nº 1 obtido em http://www.sbg.org.br )

Um pouco mais sobre a gripe suína

O retorno do fantasma: o vírus H1N1

O vírus da gripe ou influenza representa – juntamente com o HIV – o exemplo mais extensivamente estudado de vírus que têm se associado ao homem. Os homens são infectados por três vírus da gripe relacionados entre si. Esses vírus, denominados A, B e C, pertencem à família Orthomyxoviridae. 
 
Dentre esses três vírus da gripe, apenas o tipo C causa infecções mais brandas. O vírus tipo B pode provocar consequências danosas para a saúde de seus hospedeiros. Por isso, ele é utilizado no Brasil em campanhas de vacinação para idosos, nos quais pode causar problemas graves e mesmo óbitos.  
O vírus tipo A, por sua vez, está associado à maioria das epidemias com consequências sérias. Tipicamente, as propriedades antigênicas (capazes de provocar a formação de anticorpos) dos vírus tipo A variam um pouco de um ano para o outro, um processo conhecido como deriva antigênica. Esse processo é responsável pela incapacidade do organismo humano hospedeiro de criar uma resistência permanente contra a gripe.
Contudo, em três ocasiões durante o século 20, as propriedades antigênicas do vírus da gripe tipo A modificaram-se radicalmente. Essas mudanças (conhecidas como mudanças antigênicas) fizeram com que esses vírus passassem a apresentar um sorotipo diferente (linhagem que induz anticorpos diferentes no hospedeiro) e geraram pandemias que levaram milhões de pessoas à morte.
O vírus da gripe tipo A possui um genoma formado por uma cadeia de RNA de fita simples com oito segmentos separados. Cada um desses segmentos corresponde grosseiramente a um gene.
Cada sorotipo é determinado pelas proteínas hemaglutinina (H) e neuraminidase (N), codificadas respectivamente pelos segmentos 4 e 6.
Dezesseis sorotipos H e nove N são conhecidos. Existe também uma série de combinações entre eles. Porém, apenas poucos desses sorotipos são encontrados no homem e, tipicamente, apenas um ou poucos estão presentes na população humana em um dado período. Por outro lado, todos os sorotipos são encontrados em aves aquáticas, o reservatório natural do vírus da gripe tipo A. Alguns sorotipos estão presentes também em mamíferos como os cavalos e os porcos. 

A evolução dos vírus da gripe
Vítimas da pandemia de gripe espanhola de 1918.
Os vírus da gripe foram caracterizados inicialmente na década de 1930 e o primeiro sorotipo identificado foi denominado H1N1. Uma mudança antigênica ocorreu em 1957, levando ao surgimento do sorotipo H2N2 e à pandemia conhecida como gripe asiática. Outra mudança ocorreu em 1968 e deu origem ao sorotipo H3N2 e à gripe de Hong Kong.
Estudos indicam que a gripe espanhola de 1918 marcou o início da infecção dos vírus H1N1 no homem. Essa foi de longe a pandemia humana mais severa doséculo 20 – e obviamente de todos os tempos. Estima-se que ela tenha levadopelo menos 40 milhões de pessoas à morte.
O enorme impacto dessa pandemia sobre a saúde humana não ocorreu devido a uma associação de formas virais já presentes na espécie humana, mas sim devido à introdução de um sorotipo completamente novo de vírus (o H1N1) proveniente das aves.
Durante os últimos anos, tem-se observado o ressurgimento do sorotipo H1N1 na população humana. Um exemplo desse tipo de evento é a atual gripe suína, que, até o fechamento desta coluna (no dia 30 de abril), já havia infectado 260 pessoas somente em seu local de origem – o México – e provocado 12 mortes no país.
Portanto, a gripe suína não representa uma grande novidade em termos evolutivos, mas sim um velho fantasma que a humanidade tem combatido nos últimos 90 anos. 
Jerry Carvalho Borges (Leia mais em
http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/por-dentro-das-celulas/o-retorno-do-fantasma)

Humor no Blog - Clonagem

Cuidados com a gripe: Atchim!

Muito tem se falado nos últimos dias sobre a gripe suína (gripe mexicana) e uma possível epidemia. O caso está sendo tratado como novidade pela mídia, mas o vírus AH1N1 já é conhecido pelos cientistas, no entanto vacinas ainda não foram desenvolvidas. Com certeza, depois dessa expansão do vírus no México e EUA provocando mortes inesperadas novos esforços serão feitos para tal. 
Abaixo estão algumas características da Influenza para sua informação.

A Influenza, também conhecida como Gripe, é uma infecção do sistema respiratório cujas principais complicações são as pneumonias, que são responsáveis por um grande número de internações hospitalares no País. É uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo de sua vida. É também freqüentemente confundida com outras viroses respiratórias, por isso o seu diagnóstico de certeza só é feito mediante exame laboratorial específico.

Sintomas:
Os primeiros sintomas da doença costumam aparecer cerca de 24 horas depois do contágio. Iniciam-se com febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, calafrios, prostração (fraqueza), espirros, coriza e tosse seca. Podem apresentar ainda pele quente e úmida, olhos hiperemiados (avermelhados) e lacrimejantes. As crianças podem apresentar também febre mais alta, aumento de linfonodos cervicais (gânglios no pescoço), diarréia e vômitos. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre.

Agente causador: 
A doença é causada pelos vírus Influenza da família dos Ortomixovirus. São conhecidos 3 tipos de vírus da influenza: A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura genética), sendo que o tipo A é mais mutável que o B e este mais mutável que o tipo C. 
Os tipos A e B causam maior morbidade (doença) e mortalidade (mortes) que o tipo C. Geralmente as epidemias e pandemias estão associadas ao vírus do tipo A. Os vírus do tipo B ocorrem exclusivamente em humanos, os do tipo C em humanos e suínos, enquanto os do tipo A em humanos, suínos, cavalos, mamíferos marinhos e em aves.

A doença pode ser transmitida:
  • de forma direta: através das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar, ou tossir; ou
  • de forma indireta: por meio das mãos que, após contato com superfície recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos.
Um indivíduo infectado pode transmitir o vírus desde dois dias antes até cinco dias após o início dos sintomas.
A transmissão direta entre humanos é a mais comum, mas já foi documentada a transmissão direta do vírus de aves e suínos para o homem (caso da Influenza/ Gripe Aviária).

Tratamento:
No estágio agudo da doença, repouso e uma boa hidratação são as principais recomendações. Os medicamentos antitérmicos podem ser utilizados, lembrando-se de evitar o uso de ácido acetil salicílico nas crianças. Medidas de suporte intensivo serão necessárias em caso de complicações severas nos pulmões, a fim de evitar possíveis casos de pneumonia.

Como medida geral de prevenção e controle de doenças de transmissão respiratória, recomenda-se:
  • higiene das mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz);
  • evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
  • usar lenço de papel descartável;
  • proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
  • orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em períodode transmissão da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas);
  • evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados);
  • é importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias;
  • restrição do ambiente de trabalho para evitar disseminação;
  • hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.

Todos esses cuidados são importantes para quaisquer doenças transmitidas por via respiratória e nas quais a porta de entrada no organismo sejam as vias aéreas e as mucosas.