Cuidados com a gripe: Atchim!

Muito tem se falado nos últimos dias sobre a gripe suína (gripe mexicana) e uma possível epidemia. O caso está sendo tratado como novidade pela mídia, mas o vírus AH1N1 já é conhecido pelos cientistas, no entanto vacinas ainda não foram desenvolvidas. Com certeza, depois dessa expansão do vírus no México e EUA provocando mortes inesperadas novos esforços serão feitos para tal. 
Abaixo estão algumas características da Influenza para sua informação.

A Influenza, também conhecida como Gripe, é uma infecção do sistema respiratório cujas principais complicações são as pneumonias, que são responsáveis por um grande número de internações hospitalares no País. É uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo de sua vida. É também freqüentemente confundida com outras viroses respiratórias, por isso o seu diagnóstico de certeza só é feito mediante exame laboratorial específico.

Sintomas:
Os primeiros sintomas da doença costumam aparecer cerca de 24 horas depois do contágio. Iniciam-se com febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, calafrios, prostração (fraqueza), espirros, coriza e tosse seca. Podem apresentar ainda pele quente e úmida, olhos hiperemiados (avermelhados) e lacrimejantes. As crianças podem apresentar também febre mais alta, aumento de linfonodos cervicais (gânglios no pescoço), diarréia e vômitos. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre.

Agente causador: 
A doença é causada pelos vírus Influenza da família dos Ortomixovirus. São conhecidos 3 tipos de vírus da influenza: A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura genética), sendo que o tipo A é mais mutável que o B e este mais mutável que o tipo C. 
Os tipos A e B causam maior morbidade (doença) e mortalidade (mortes) que o tipo C. Geralmente as epidemias e pandemias estão associadas ao vírus do tipo A. Os vírus do tipo B ocorrem exclusivamente em humanos, os do tipo C em humanos e suínos, enquanto os do tipo A em humanos, suínos, cavalos, mamíferos marinhos e em aves.

A doença pode ser transmitida:
  • de forma direta: através das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar, ou tossir; ou
  • de forma indireta: por meio das mãos que, após contato com superfície recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos.
Um indivíduo infectado pode transmitir o vírus desde dois dias antes até cinco dias após o início dos sintomas.
A transmissão direta entre humanos é a mais comum, mas já foi documentada a transmissão direta do vírus de aves e suínos para o homem (caso da Influenza/ Gripe Aviária).

Tratamento:
No estágio agudo da doença, repouso e uma boa hidratação são as principais recomendações. Os medicamentos antitérmicos podem ser utilizados, lembrando-se de evitar o uso de ácido acetil salicílico nas crianças. Medidas de suporte intensivo serão necessárias em caso de complicações severas nos pulmões, a fim de evitar possíveis casos de pneumonia.

Como medida geral de prevenção e controle de doenças de transmissão respiratória, recomenda-se:
  • higiene das mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz);
  • evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
  • usar lenço de papel descartável;
  • proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
  • orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em períodode transmissão da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas);
  • evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados);
  • é importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias;
  • restrição do ambiente de trabalho para evitar disseminação;
  • hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.

Todos esses cuidados são importantes para quaisquer doenças transmitidas por via respiratória e nas quais a porta de entrada no organismo sejam as vias aéreas e as mucosas.

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